quinta-feira, 15 de setembro de 2011

RELATÓRIO - Seminário: Uso da Memória, Fotografia, Literatura, Testamentos, Inventários e Processos Criminais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE – UFS
Curso: História – Licenciatura Noturno / 2011.2
Profº. Dr. Antônio Lindvaldo Sousa
Acadêmico: Astromônico Santana Lima


RELATÓRIO  - Seminário: Uso da Memória, Fotografia, Literatura, Testamentos, Inventários e Processos Criminais.

O presente Relatório faz parte integrante de atividade complementar da Disciplina Temas de História de Sergipe I, ministrada pelo Profº., da Universidade Federal de Sergipe - UFS, Dr. Antônio Lindvaldo Sousa, e tem como escopo tecer considerações acerca do Seminário em epígrafe, ocorrido no dia 13 de setembro de 2011, das 19 h 20 min às 20 h 30 min, na Didática 3 – sala 110 – da UFS, cujo tema foi apresentado pelos acadêmicos em História Licenciatura Noturno – Abrahão Barbosa, Adriana Fonseca, Erick Matos, Fidel Santos e Sílvia Maia de Oliveira.
Os integrantes que presidiram o Seminário iniciaram as atividades com a apresentação de um vídeo exibindo algumas fontes históricas, como, por exemplo, fotografia, testamento, inventário, dentre outros. Além do vídeo mencionado, fizeram uso de recursos oral e data-show. Destacaram a importância da Escola dos Annales para o avanço da própria História. Sabe-se que a alusiva escola contribuiu para uma nova mentalidade historiográfica, deixando de lado velhos conceitos e paradigmas arraigados pelos metódicos e/ou positivistas. Perceberam, assim, a necessidade de interdisciplinaridade entre os vários ramos do saber. Isso, indubitavelmente, fez com que se expandissem novas fontes históricas, anteriormente não concebidas pelos historiadores tradicionais, como cinema, televisão, música etc.
No tocante ao documento histórico, comentaram sobre os perigos que circundam essa fonte, tanto no aspecto de percepção do seu próprio contexto como no que diz respeito a não existência de um documento puramente verdadeiro. Note-se que, mesmo não admitindo, o historiador utiliza-se de uma dose substancial de subjetividade no seu ofício. Porém, ele deve – coerentemente, cercar-se de conduta pautada nos pressupostos teórico-metodológicos. 
No que concerne à fotografia, trouxeram a lume a percepção de Afonso Escragnolle, que podemos concebê-la da seguinte forma: a fotografia só terá o seu devido valor se houver condição de compreender a sua especificidade, o que ela mostra, representa. Conforme Pierre Sorlin, a imagem por si só não diz nada, ela não informa, é mentirosa, quem faz este papel – de informação, são as palavras. Ressaltaram que o retrato – processo anterior a fotografia - era utilizado por pessoas mais abastadas, excluindo-se, portanto, os hipossuficientes.
Tratando-se de literatura, falaram da inquestionável contribuição para a sociedade, seja através da expansão de novos saberes, seja por meio de uma conscientização política cultura e social.  Muitas vezes – e nada impede que isso continue ocorrendo - obras literárias eram publicadas como formas de expressar sentimentos de revolta e insatisfação do próprio autor e de grupos sociais, os quais achavam-se reprimidos por uma elite dominante e altamente ditatorial.
Também abordaram os documentos denominados testamento e inventário, que são de extrema valia como fontes históricas. Quando analisados, percebe-se que eles transparecem informações variadas e de relevância para a sociedade, tais como religiosa, educacional, cultural, política etc. A relação entre escravo e senhor, por exemplo, pode ser extraída, sem dúvida, a partir das disposições testamentárias, o que mostra, assim, a sua importância como documento histórico.
Perceberam ainda a importância dos processos judiciais como fontes históricas que são. Sabemos que trazem uma riqueza imensurável de informações, mormente sobre a evolução e o desenvolvimento da sociedade. A título de exemplificação, basta compararmos as sentenças prolatadas pelos magistrados brasileiros nos casos de adultério no final do século xix e início do século xx, para os dias atuais.
Entendemos que o tema em tela foi devidamente explicitado e que o objetivo maior foi atingido, qual seja: o despertar do conhecimento de cada um dos que assistiram ao seminário, para aprofundamento ulterior no assunto, que é de fundamental importância para o historiador. 




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